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Couro de cogumelos, seda de aranhas e fazendas como as de antigamente


O futuro da moda segundo Stella McCartney

“Usamos as mesmas 10 matérias primas e os mesmos 10 fornecedores há muitos e muitos anos. Está na hora de mudar isso”. Foi com essa frase que a estilista britânica Stella McCartney, famosa pelo ativismo ambiental, resumiu o que considera ser o primeiro passo necessário para que a indústria da moda se atualize. “Somos o último e o menos regulado dos setores. Fabricantes de carros são regulados, produtores de energia são regulados. Nós não. E se não fizemos as mudanças necessárias rapidamente, nós, que trabalhamos sempre seis meses ou um ano à frente, ficaremos para trás”, completou a empresária, uma das convidadas do seminário de sustentabilidade organizado pelo Best of Fashion (BOF), uma das maiores plataformas de conteúdo sobre o mercado fashion, na semana passada.


Para Stella, o caminho que a indústria precisa seguir passa por mudanças aparentemente antagônicas, mas complementares. Se por um lado as novas tecnologias são fundamentais para o desenvolvimento de materiais menos poluentes, por outro, as fazendas de cultivo múltiplo, orgânico e com forte mão de obra humana bem remunerada são a saída para plantio de matérias-primas como o algodão. “Somos uma das indústrias mais nocivas ao planeta. Os cultivos que nos abastecem usam grande quantidade de terra e água, além de produtos químicos e pesticidas. Agricultura regenerativa é sobre restaurar o solo, cuidar dele e de toda a comunidade do entorno. É retirar o carbono da atmosfera e devolver para o solo. É simples, mas hoje parece muito extraordinário”, afirma, sobre a técnica que vem ganhando adeptos não só na indústria da moda.


Na outra ponta, Stella diz que as novas tecnologias são fundamentais para ajudar a indústria da moda a evitar a catástrofe climática. “Trabalhamos com nossos fornecedores para desenvolver novos materiais. As novas tecnologias são fantásticas, é muito empolgante”, diz. “Nossos parceiros da (start up) Bolt Threads começaram produzindo seda de aranhas em laboratório, depois começaram a estudar maneiras de produzir couro ecológico e criaram o Mylo, feito a partir do micellium, a raiz dos cogumelos. Tem ainda as peles biodegradáveis”. Na sequência, emendou: "O que é importante aqui é falar sobre os direitos dos animais. Essa é uma conversa que ninguém quer ter. É realmente a maior agressão em curso no planeta”.


Fonte: Vogue Negócios

Por: Maria Laura Neves

Em: 19 ABR 2021 - 20H25 | Atualizado em 29 ABR 2021 - 16H42

 

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